Na praça, vendo o menino e a pipa
O que tem naquele olhar aflito?
Precisa de óculos para ver lá no alto
Tem medo, mas não é controla a força que puxa.
"Então ele se ergueu e caminhou até a casa.
Não andava depressa.
Não pensava então nem mesmo
'Alguma coisa vai acontecer.
Alguma coisa vai acontecer comigo.'"*
Cuidadosamente ajeitando as flores na janela
Uma brincadeira depois
E o vaso se quebrou.
* Luz em Agosto, William Faulkner
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
As duas luas de quinta-feira
E apesar de tudo, tudo, tudo,
Não vê como escorre por entre os dedos
Um líquido raro.
Vale mais que ouro
Vale mais que qualquer coisa.
O silêncio vai ser a resposta para este desafio
Um jogo que começa em mim mesma
E não tem onde terminar.
Vai como ciranda de bonecas de pano
Vai de mãos dadas e se desfaz no ar
Constroi teias de areia como pratos
Fica um gosto de suspiro, de sonho
De nuvens passeando pelo céu
De duas luas em plena quinta-feira
Que tragam a esperança
E a leveza de dias como os que antecedem a primavera
Que se abra uma brecha no tempo
Para que sucumbam todas as tolas resistências
Que se entreguem ao abraço e fiquem em paz.
Não vê como escorre por entre os dedos
Um líquido raro.
Vale mais que ouro
Vale mais que qualquer coisa.
O silêncio vai ser a resposta para este desafio
Um jogo que começa em mim mesma
E não tem onde terminar.
Vai como ciranda de bonecas de pano
Vai de mãos dadas e se desfaz no ar
Constroi teias de areia como pratos
Fica um gosto de suspiro, de sonho
De nuvens passeando pelo céu
De duas luas em plena quinta-feira
Que tragam a esperança
E a leveza de dias como os que antecedem a primavera
Que se abra uma brecha no tempo
Para que sucumbam todas as tolas resistências
Que se entreguem ao abraço e fiquem em paz.
sábado, 8 de agosto de 2009
Estalo
Não tinha percebido
Até que alguém falou
E viu pouco mais além
Quando as pernas cruzadas fizeram um ângulo reto
Então ela lembrou a cena da foto
Ao pé de um redentor de Santa Catarina
E entendeu a sensação.
A mesma que teve 18 anos atrás.
Até que alguém falou
E viu pouco mais além
Quando as pernas cruzadas fizeram um ângulo reto
Então ela lembrou a cena da foto
Ao pé de um redentor de Santa Catarina
E entendeu a sensação.
A mesma que teve 18 anos atrás.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Do alto da vida
Do alto, de cima, da lua, eu vejo
Minha cidade de luz
Vejo o Copan, prédio de retalhos, Edifício Master
Jantar ao som de helicóptero
Eu lá dentro, falando com o piloto pelo microfone.
A Estação da Luz pequena
O trânsito da Marginal Tietê que se estende ao infinito
O Campo de Marte, o ponto escuro
Foi um olhar desviado para o hangar
E uma coleção de bibelôs e gigantes
Um cheirinho que senti quando aproveitei uma janela aberta
APROVEITEI UMA JANELA ABERTA
Uma das funcionárias comentou
A vida vem em dois barquinhos
É bom pegar o primeiro, mas dá medo
Aí vem o segundo. Pode ter sido o último
Eu fui no primeiro desta vez.
Minha cidade de luz
Vejo o Copan, prédio de retalhos, Edifício Master
Jantar ao som de helicóptero
Eu lá dentro, falando com o piloto pelo microfone.
A Estação da Luz pequena
O trânsito da Marginal Tietê que se estende ao infinito
O Campo de Marte, o ponto escuro
Foi um olhar desviado para o hangar
E uma coleção de bibelôs e gigantes
Um cheirinho que senti quando aproveitei uma janela aberta
APROVEITEI UMA JANELA ABERTA
Uma das funcionárias comentou
A vida vem em dois barquinhos
É bom pegar o primeiro, mas dá medo
Aí vem o segundo. Pode ter sido o último
Eu fui no primeiro desta vez.
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