As traças se alimentam do avental esquecido na gaveta da cozinha
O silêncio congela as horas em becos escuros.
Quero romper com o que se foi
Essa não é minha letra
A poeira e o mofo insistem em azedar o frescor dos dias.
O passado é um disco de um tempo que não me pertence
Produzido no meu tempo presente:
Invasão.
A surpresa virou raiva
O disco dilacerado, chuva de prata.
Mesmo no lixo, as farpas continuam cravadas no coração.
O dia amanheceu triste e cedo demais.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
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